sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Amélia Moderna




Amélia Moderna, isso existe?
Ou é Amélia ou é Moderna, não há como essas duas mulheres coabitarem um mesmo corpinho.
Ledo engano, caro leitor, a Amélia Moderna pode ser encontrada em pencas em nossa sociedade, muitas vezes, a própria Amélia Moderna ainda nem se deu conta disso.
Mas ela existe.
Sim, ela é real.
Nossas avós e mães queimaram seus sutiãs em praça pública, libertaram-se, impuseram a mulher feminista, com mil direitos, obrigações e realizações.
Deixaram seus filhos com as babás, separaram-se e dedicaram-se ao trabalho, impondo novas maneiras de se tratar uma mulher, sempre com dignidade e respeito.
Inseridas no mercado de trabalho, mostraram toda sua capacidade, liderança e inteligência. Passaram de donas do lar para rainhas que sustentam seus próprios lares, chefes de famílias, diretoras de empresas, mulheres auto-suficientes e, tudo isso, bem longe da barriga em frente da pia ou do fogão.
Essas mesmas mulheres foram atrás do Ponto G, de orgasmos múltiplos e da satisfação pessoal. Esqueceram o ponto cruz, crochês ficaram nas gavetas e pregar botão virou démodé.
Fizeram horas de análises, invadiram sex shops e tornaram-se independentes, tanto sexualmente como financeiramente.
Em pleno Século XXI, as mulheres perceberam que não precisam mais provar nada para ninguém, que o mundo é globalizado, a Europa é unificada, que o Muro de Berlim já foi ao chão e sutiãs, agora, são apenas uma opção, de difícil escolha, afinal, modelos lindos e eróticos é o que não faltam no comércio, liderado por mulheres e homens, com mulheres e homens, juntos, atrás do balcão.
Depois de tantas reivindicações, com seu lugar já bem marcado e estipulado, sem tempo para mais nada, essas mesmas mulheres começaram a repensar seu modo de vida, seu casamento, seu lugar na sociedade.
Começaram a ver que antes de mulheres, todos são seres humanos, com diferentes anseios, pretensões e vontades.
Deixaram os homens bem confusos, coitados, mas também lhes ensinaram o caminho do dermatologista, da clínica estética, repassaram o telefone da manicure e do cirurgião plástico. Perceberam que é possível conciliar trabalho com o lar, com filhos e com marido.
Perceberam que é bom trocar um dia de trabalho por um dia de spa e voltar pra casa feliz da vida, revigorada.
A Amélia Moderna trabalha fora de casa, não para impor seu espaço na sociedade, pois esse já está garantido.
Trabalha fora porque tem a necessidade de fazer sua parte em um mundo tão tumultuado.
Por sua vez, a Amélia Moderna também pode ser uma feliz dona de casa, que gosta de cuidar de seus filhos e de seu marido, sem que a sociedade lhe questione ou cobre algo.
Na verdade, a Amélia Moderna pode ser o que bem entender, desde que seja feliz.
Preconceitos devem ser banidos da vida moderna.
Hoje, cada indivíduo, seja ele homem ou mulher, deve ter o discernimento para escolher o seu próprio rumo e para dar prumo a sua vida, independente de ti-ti-tis alheios.
Cada um é dono de seu nariz, a escolha pela pia-e-fogão ou pelo mercado de trabalho (ou ambos) é inteiramente pessoal.
O importante é não estabelecer rótulos e não ficar à margem de acontecimentos gerais, pois uma coisa é certa, burrice é o entrave da sociedade.
A Amélia Moderna é completamente atualizada.
(Fabiana Langaro Loos)
Oi gente...
É isso mesmo que eu penso, acredito que chegamos a um momento na sociedade em que a mulher moderna que trabalha, estuda, se atualiza e é independente mas tambem é Amélia, não precisa mais ter vergonha de contar no trabalho que adora chegar em casa e fazer uma bela janta para o maridão e para os filhos; que sem falta nesse sábado vai fazer "aquela" faxina, já que ninguem melhor que ela para isso; que sente prazer em receber amigos e preparar ela mesma os comes e bebes usando receitas da mamãe ao invés de comprar tudo pronto; enfim, pra mim, Amélia e Moderna podem sim, "coabitar o mesmo corpinho".
Beijos Clarinha.

1 comentários:

Cissa Pigatto disse... [Responder]

Ah... amei!Engraçado né... às vezes eu quero ser Amélia e às vezes quero ser muito moderna! Acho que acabo como você mesma disse nem tão Amélia, nem tão moderna...hahahaah.
Mas certeza mulher com "M" maiúsculo.















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